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30 outubro 2007

A impotência sexual e a filosofia


Com um título destes, arrisco-me a dar uma punhalada nas minhas próprias costas. Portanto, antes de mais nada, seja-me permitido salvaguardar a minha reputação: tal afinidade entre impotência e filosofia não se aplica à minha pessoa, ponto final! É certo que o habitat da blogosfera, por si só, não permite resolver este assunto com provas concretas; as empiristas mais acérrimas terão, pois, de confiar em mim com base na boa fé...
Não quer isto dizer que o princípio não se aplique à generalidade dos grandes pensadores modernos – e digo modernos porque convém, claro, excluir os clássicos (e talvez Foucault, convenhamos).
Não restam dúvidas de que pensar demais nunca foi muito útil na hora da verdade! Qualquer sexólogo subscreverá estas palavras... Da mesma maneira que o preservativo corta sensibilidade no membro de baixo, também o cérebro humano já vem revestido com essa inconveniente película protectora chamada cortéx cerebral. Para aqueles que nunca ouviram falar nela, é a responsável por não sermos tão directos e frontais (ou rectais) como os cães e outras bicharadas! Posto isto, compreende-se a nostalgia de alguns intelectuais enquanto sonham com sistemas límbicos nus e purificados!!
De facto, são polémicas as vantagens evolutivas de um tal capacete de tripas encefálicas, mas são, por outro lado, bem conhecidas as suas desvantagens na altura da festa. Aqui ficam meia dúzia de pensamentos que se adivinham da biografia íntima de grandes filósofos ao longo dos séculos:


Santo Agostinho: “Deus grandioso, perdoai-me pelos meus actos. Mas que faço eu em cima desta inocente mulher? Infame heresia a deste prazer que sinto e que dou! Como é indecorosa a tentação que estes gemidos inspiram!! Cala-te, putéfia! Não abras a boca, não confesses esse teu prazer vergonhoso! Ai de mim, sou o mais vil escravo das paixões ímpias! Meu Deus, salvai-me da imundície da libidinosidade, o rio negro da luxúria do inferno!! Deixai que me converta ao cristianismo apesar destes meus actos lascivos e asquerosos! Cala-te, putéfia! Fecha essa boca carnosa e ofegante! Não blasfemes! Ai de ti que engulas!"

Descartes:
“Primeiro passo da dúvida metódica: Penso, logo existo.”
“Segundo passo: Deus existe porque é perfeito e a perfeição implica a existência.” “Terceiro passo: Devo despir-me porque as roupagens são obstáculos duvidosos.” “Quarto passo: Devo ficar erecto para que o coito seja viável.” “Quinto passo: Depois de estabelecida a nudez e a erecção, devo sair para a rua em busca de uma mulher fértil.”...

Hume: "Os teus seios parecem duas deliciosas melancias, a tua vagina um cálice de vinho do melhor e o teu rabo assemelha-se a um bom naco de lombo assado ainda a fumegar. Os teus lábios são salsichas suculentas e..."

Kant:
"Chego por via da razão pura à conclusão que o orgasmo é uma categoria tão universal como o tempo e o espaço. Enganem-se aqueles que não o consideravam uma entidade à priori! Aliás, como podes ver, já me vim e tu ainda nem te despiste!..."


Hegel: “Agora, para chegarmos ao espírito absoluto, basta fazermos uma síntese em condições. Deixa-me lá confrontar a minha tese com a tua antítese!”

Nietzsche: “Não te deixes enganar pelas mentes fracas, mulher! Sê a águia que reconhece a voz interior e que edifica a sua própria verdade! Vai ser criança, transpõe as mais altas montanhas, descobre-te a ti mesma, espalha a tua palavra! Vai, vai-te embora! Vai que eu tenho sífilis!...”

Marx: “Vocês são umas putas, é o que são!! Mercadorias!! Deviam era empacotá-las a todas e vendê-las na farmácia!”.

Darwin: “Cara Dulce: Recuso-me copular consigo, não é suficientemente opulenta e rosada para garantir uma boa descendência. Ao longe parecia um anjo, ao perto é um desarranjo. As minhas desculpas. Respeitosamente, Charles.”

Freud: “Face à constatação da tua virgindade, opto por colocar o super-ego à frente da líbido e não destruirei o teu futuro. Vai lá à tua vida, sobrinha!... Espera, só uma última coisa, vem cá: Sabes o que é um fellacio?..."

Sartre: "Sou, existo, penso, fornico logo existo... porque é que fornico? Não quero fornicar mais, eu existo porque penso que fornico, fornico porque penso que não quero existir, fornico porque penso que... existo porque... safa!!!"

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