Um só dia não é suficiente para nos lembrarmos das necessidades que nossas crianças passam, e do que elas precisam para que se tornem grandes cidadãos.
Sou o fruto da mediocridade
Entre dois inconseqüentes
Não me projetaram, não me quiseram,
Aqueles adolescentes.
Mas aqui estou!
Lutando pelo direito de nascer
Não posso gritar, não posso correr,
Apenas pulo e pulo
Porque quero viver.
Sou absolutamente um ser
Tão pequeno, tão inocente, sem proteção,
Mas procuram matar-me friamente
Envenenando-me sem compaixão.
Queimaram minha pele tão frágil
Vou morrer e ninguém está vendo
Eu queria ver mamãe, queria abraçá-la.
Mas, infelizmente, estou morrendo,
Estou morrendo...
Não sei por que fui gerado
Nem sei a razão de estar morto
Eu queria viver, queria sonhar,
Mas me destruíram num aborto.
O Bebé Indesejado — de Francisco Carneiro Barbosa
Sem comentários:
Enviar um comentário