Não era um enganador, todas sabiam bem com o que não deveriam esperar deste homem, mas preferiam tantas vezes iludir-se com a ideia que poderiam mudar a sua essência. Os enganos eram fruto dos sonhos delas e não das mentiras dele.
Haveria uma preferida na vida dele? Uns diziam que sim, outros diriam que talvez, mas ninguém ousava a nomear essa eleita. Se existisse, ele duvidava que tivesse vantagem sobre as outras, por ter sido escolhida. Teria de o repartir com a colecção dele, apesar de ter garantido o regresso dele.
A preferida existia, a tal que ele amava! Ele tinha-a escolhido porque estava cansado de ser coleccionador de mulheres, queria fixar-se com ela. Mas ele escolheu a mulher mais impossível que existia, escolheu uma mulher que simplesmente queria coleccionar homens e não desejava um homem em particular. Ironia do destino.
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