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17 maio 2006

CAN 2010 - Moçambique "chumbado"

Moçambique ficou de fora da corrida à organização da Taça Africana das Nações (CAN) de 2010, por decisão do comité executivo da Confederação Africana de Futebol, que chumbou mais três candidaturas à realização daquele evento.

A decisão foi tomada numa reunião realizada este fim-de-semana no Cairo e com Moçambique caíram igualmente as candidaturas de Namíbia, Zimbabwe e Senegal.

Passaram para a fase seguinte as candidaturas de Angola, Líbia, Nigéria e a proposta conjunta de Gabão e Guiné-Equatorial.

A decisão final será anunciada no dia 4 de Setembro pela Confederação Africana de Futebol.

O facto de todos os países finalistas serem produtores de petróleo não escapou à imprensa moçambicana, que associou a decepção provocada pelo chumbo da candidatura a uma conspiração montada contra o país: "Na CAF ficou claro, muito claro, que quem não tem petróleo escusa de concorrer para a organização de um CAN", escreve na sua edição de hoje o Notícias, de Maputo, que cobriu na capital egípcia a primeira fase da escolha do palco da CAN de 2010.


Opinião:
"Sinceramente, eu não faço a mínima ideia de como Moçambique iria organizar um evento de tamanha responsabilidade sem condições mínimas para tal. Digo e repito, não é pedindo dinheiro e/ou patrocínio que se organiza um CAN. Há que ter mínimas condições para gerir este evento e, sinceramente não vejo o meu país em condições mínimas de organizar tal evento. Começando pelo nível de pobreza, corrupção e terminando pela condição duvidosa dos atletas da selecção nacional... Sem ofensas, são todos uns sem vontade, sem espírito, sem técnica, epa... Provavelmente pela falta de incentivos (prémios de jogo, golo, etc), até eu...

Mas para dizer que, para se organizar um evento é preciso o país estar preparado e, sinceramente nós não estamos e, talvez nem estaremos depois de 2010. É preciso haver participação "FORTE" do governo, como disse o presidente do SL Benfica - Luís Filipe Vieira. Não com palavras de sensibilização mas com construção de escolas para formação, participação financeira em grande peso ao invés de formarmos marginais, o que existe demais neste país.

Acredito que, se fosse disponibilizado dinheiro para se fazer/reabilitar um campo/estádio de futebol o empreendimento seria de "merda", com muros tortos bancadas debilitadas com aspecto à cair e, para terminar e sendo muito franco, nem metade do dinheiro disponibilizado seria aplicado, iria tudo para conta de alguém. É triste mas é a realidade. Valeu o esforço de toda a comissão... Sonharam mas esqueçam a recorrência, sem ofensas vamos deixar para um futuro distante... Vamos deixar o peru cozer BEM!!! Ainda é muito cedo. — Como diz meu amigo Compta."

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