A respeito do post do meu amigo Duma que, desde já, dou os meus parabéns pelas suas escritas e os demais escritos no seu espaço, venho dizer o seguinte:
Duma, vejo-te na televisão, quase todos os dias,em debates, entrevistas e contestações contra as "muitas" injustiças que este povo moçambicano e africano tem sofrido... Sim, porque para além de defenderes os oprimidos moçambicanos marchaste contra atrocidades do Mugabe e da xenofobia na África do sul... pena mesmo nao me teres convidado para te fazer companhia...
Mas meu amigo, eu sei que deves estar a seguir aquele velho ditado “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” como que diz: um dia estes governos terao que mudar de postura e comportamento mas parece quereres o impossível quando afirmas que o governo deve actuar contra a pobreza em Mocambique. Decerto que a tua intenção é boa embora enuncias mal o sujeito da acção. O governo nunca poderá actuar contra a pobreza por uma razão filosófica muito simples: a pobreza nunca será vencida pela pobreza de espírito. É um paradoxo. Isto porque o resultado da pobreza de espírito será inevitavelmente e sempre a pobreza material. Uma coisa conduz à outra. Alimenta-se da outra. E é nesta espécie de círculo vicioso que nos encontramos.
Quando olhamos à nossa volta e vemos como os governos de outros países lidam com a crise internacional é que temos a noção da pobreza de espírito do nosso governo: toda a gente à nossa volta percebe que a saída da crise passa pela manutenção do poder de compra e do estímulo individual das economias internas... O nosso nhente!!! O nosso governo, no seu autismo arrogante, tem dificuldade em perceber o que quer que seja. Este governo que eu sempre digo: não gosta do seu povo, para não dizer algo pior, é o símbolo da pobreza absoluta deste país. Um povo vale por aqueles que elege para seus dirigentes e, meus amigos, neste momento Mocambique vale muito pouco.
Adaptado do Razão tem Sempre Cliente em A Razão da Pobreza
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