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10 fevereiro 2006

Sem nada a esconder

Obstáculos existem que não conhecemos a forma de contornar: existem e não é sensato deles tentar fugir. Na impossibilidade de contornar o que teima em querer-se, orgulhosamente em estupidez, incontornável resta a opção que a todo o custo se deve evitar, aplicando-se única e exclusivamente como última ratio: a ignorância.
Custa, não nego, ignorar aquilo que não o deveria ser. Forma, porém a única forma, de abrir os olhos a pastores que teimam em querer conduzir o seu gado na cegueira das suas crenças. Se mesmo assim não abrem os olhos, é porque também, nos e pelos seus preconceitos, os cerraram à nossa felicidade – ou à minha: e aí, aqui, não o permitirei. A grande ruptura, diz Fukuyama. Se assim estiver destinado pelas nossas acções... bom, assim o será: porque fechar os olhos à felicidade própria é da maior gravidade, é negarmo-nos enquanto pessoas e legitimar que outros nos marionetem.

Nem que seja a expensas de tudo e de todos, eu próprio valerei por mim.

(Sem remorcios)

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