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27 janeiro 2006

Porque para muitos não sei o que quero...

Acreditei durante muito tempo que podia amar. E que podia ser amado. A felicidade, a felicidade suprema aconteceria então, de um modo natural. Não sei quem é que disse, mas alguém foi: numa relação amorosa existe a pessoa que ama, existe a pessoa que é amada, e também existe o amor. Nunca percebi bem esta configuração triangular, e muito menos o seu significado, mas de cada vez que me lembro do amor lembro-me também da frase e do enigma que teima em não revelar. Será o amor uma entidade separada de quem o gera e suporta? Será que o amor existe para além dos amantes e dos amados? Sei lá! Que o amor pode existir sem o objecto amado e que dele precise, nunca acreditei. Para dizer o seguinte: "Ando num dilema do género..."

Os meus dialogos, hoje são, eu digo:
— Mas eu amo-te!
— Não me amas. Não acredito em ti!
— Amo-te!
— Acreditas no amor, mas não me amas de verdade. Apenas pensas que sim!
— Não te percebo, amor eu amo-te!
— Queres amar, precisas de amar, mas não te interessa quem. Qualquer uma serviria para satisfazer o teu desejo de amar. (Quem me dera)
— Não dizes coisa com coisa, eu amo-te.
— Não me amas!
— Amo-te.
— Mentiroso!
— Amo-te muito, meu amor!

Fodass, já nem me lembrava deste tipo de namoro. Amar e não confiar... Acredito que passei a pensar como meu amor...

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