Páginas

24 janeiro 2006

Para ti, meu amor!!!

Para publicar um poema de amor não é preciso pretexto. Basta viver. Aqui fica, de Vinicius de Moraes, com a esperança que não seja demasiado tarde para dizer com certeza que nunca é demasiado tarde para cantar o Amor, Soneto do Amor Total.

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Sem comentários: