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25 janeiro 2006

O Calígula Ugandês



«Gosto de carne humana porque é mais salgada e mais tenra do que a de qualquer outro animal. Quando estou fora do meu país, é o que mais estranho.»

Idi Amin Dada, O Calígula Ugandês, déspota, criminoso e delirante antropófago que comeu – entre outros- o seu próprio filho..
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Um dos mais crueis ditadores do século XX, governou o Uganda com mão de ferro de 1971 a 1979. Mais de meio milhão de ugandeses, incluindo vários dos seus ministros, foram assassinados durante o seu regime. Foi canibal confesso, admirador de Hitler e impôs a "Sharia", lei jurídica muçulmana, obrigatória em toda a nação.


Ascensão e queda de um canibal
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Amin chegou ao poder em 25 de Janeiro de 1971 com um rápido e sangrento golpe contra o presidente Milton Obote, de cujo governo tinha sido Comandante-Chefe do Exército e Força Aérea. Aproveitou a ausência do presidente numa reunião do Commonwealth que se celebrava em Singapura, para derrubar aquele que nove anos antes havia feito o mesmo com o Rei Mutesa. A mudança de governo foi bem vista nos primeiros dias e considerada um alívio, causando a impressão da libertação de um povo. O novo Gabinete recebeu inclusivamente o reconhecimento de Londres, desejoso de ver instaurada uma democracia no Uganda. Porém, as esperanças não foram muito duradoiras e as promessas não se cumpriram. «Big Daddy» transformou-se no verdugo do seu próprio povo até Abril de 1979, imitando o seu predecessor, que tinha tomado todos os poderes e derrogado a Constituição para construir uma à sua medida.

Enquanto esteve no poder, todos os que os que ousaram mostrar-se contra si morreram assassinados. O seu legado foi um país mergulhado no caos e na miséria.

Concedeu entrevistas mas mostrou-se sempre muito reticente em falar da sua vida antes da sua chegada ao poder. Nem sequer está clara na sua biografia a data do seu nascimento, que se pensa ter sido entre 1925 e 1928. Fala-se de uma infância não muito feliz, do abandono do pai, um camponês, e de uma mãe estreitamente relacionada com a bruxaria. O seu nascimento no seio de uma família sem recursos numa região pobre, perto do Sudão, condenava-o a um destino pouco brilhante. A menos que optasse pela vida militar. No princípio, a sua vida não difere muito da de outros soldados africanos: corpulento, praticamente analfabeto, mal-educado, sempre disposto a obedecer às ordens dos seus superiores. No Exército, conseguiu chamar as atenções, proclamando-se em 10 ocasiões campeão nacional de boxe na categoria de pesados. À custa disso, teve sucessivas promoções.

Quando o Uganda conseguiu, em 1962, a independência da Grã Bretanha, era um oficial das Forças Armadas, que tinha servido no Exército britânico nos finais da II Guerra Mundial. Já nesse tempo demonstrava que os métodos que usava para conseguir os seus fins eram brutais.

Amin chegou ao poder, como já acima dissemos, em 25 de Janeiro de 1971.

Convencido que grupos estrangeiros poderiam tentar algo contra ele, rodeou-se de mais de 23.000 guarda-costas, não abandonou a chefia das Forças Armadas e foi expulsando ou matando a todos em que via um possível inimigo. A expulsão de mais de 90.000 asiáticos e britânicos que ocupavam importantes sectores financeiros no país, provocada, segundo Amim, por uma «ordem divina» recebida em sonhos, representou uma punhalada para a economia de um país cada vez mais isolado do exterior.

Unanimemente considerado de «paranóico» e «megalómano», Amin converteu-se no primeiro lider africano negro que cortou relações com Israel, até então o principal aliado do Uganda. Proferiu repetidas declarações anti-semitas e supostamente lamentou, numa carta para a então primeira ministra de Israel, Golda Meir, que Hitler «não tivesse eliminado todos os judeus». Em 1972, expulsou todos os israelitas do Uganda e proibiu a prática do judaísmo e da religião de outras minorias em todo o país.
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Os seus delírios de grandeza o levaram, finalmente, a mandar um contigente de 2.000 homens para invadir o seu país vizinho, a Tanzânia. Uma decisão que lhe custou a morte política. Julius Nyerere, presidente daquele país, lançou um contra-ataque de uma força conjunta de tropas da Tanzânia e de exilados ugandeses que conseguiu derrubar Amin Dada do poder. O ditador fugiu rapidamente do Uganda. Constituiu-se um novo Governo em 11 de Abril de 1978, imediatamente reconhecido pela Grã Bretanha, pela Comunidade Europeia e demais organismos internacionais. Em meados de 1995, o presidente ugandês Youeri Museveni declarou que Idi Amin não seria amnistiado, nem sequer na data da grande reconciliação nacional.
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Quando saiu do Uganda, Idi Amin fugiu primeiro para a Líbia, depois para o Iraque, instalando-se definitivamente na Arábia Saudita em Dezembro de 1980. Ali começou o seu exílio dourado num luxuoso palácio em Yeda, cidade portuária nas margens do Mar Vermelho, rodeado de várias das suas mulheres, de pelo menos 30 filhos e... uma extensa corte de cozinheiros, criados, motoristas, etc. O déspota ugandês, a quem a família real saudita impôs o silêncio como condição para a sua extadia no país repleta de privilégios económicos, ia orar com frequencia a uma mesquita perto da sua residência e passeava diariamente pela praia.
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Morreu de insuficiência renal, com 78 anos de idade, em 16 de Agosto de 2003.
Nunca foi julgado pelos seus crimes.
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Uma vida "exemplar"
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As acusações de canibalismo multiplicaram-se após a sua expulsão do Uganda, uma vez que se encontraram frigoríficos com carne humana nas diversas habitações que tinha e depois de muitos dos seus funcionários confirmarem esta predilecção. Antes de chegar ao poder em 1971, Idi Amin já havia dado mostras de ser um ser humano sem piedade. Os seus superiores estiveram a ponto de o levar a conselho de guerra pelas atrocidades que cometia com os prisioneiros: metia-lhes lenços na garganta até afogá-los, submetia-os a castigos desumanos e a muitos amputou-lhes os orgãos sexuais.
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Porém, o que fez durante a ditadura, passou todos os limites. Amin ordenava a retransmissão televisionada em directo da execução so seus opositores, a quem mandava vestir de branco para «melhor se ver o derramamento de sangue». Depois da execução das suas vítimas, ordenava que se desmembrassem os seus corpos e suspeita-se que devorava as suas vísceras e outras partes dos corpos. Adorava humilhar as pessoas em público. Numa ocasião, o seu Ministro da Justiça atreveu-se a contradizê-lo publicamente. O ministro, depois de ser submetido a uma forte reprimenta televisionada em directo e a uma tortura horrível, converteu-se no prato forte de um banquete que se oferecia no palácio presidencial. Conhecido também como o «Hitler Africano», Amin instaurou a violência como sistema, o Corão como religião e o sexo promíscuo por lei ao implantar no país a poligamia. Além disso, mandou matar todos os elefantes do seu país para «manter o seu vigor sexual».
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Idi Amin considerava-se uma máquina sexual. Em certa ocasião, enviou uma mensagem à Raínha Isabel de Inglaterra (de quem se considerava amigo e por quem foi, de resto, condecorado) em que a tratava por "Liz", dizendo-lhe: «Deves vir ao Uganda se queres conhecer um homem de verdade».
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Durante os anos como militar, em que lhe era permitido ter apenas uma mulher, chegou a ter quatro escondidas no seu quarto. Nos quartéis por onde passou eram famosas as orgias que organizava.
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Durante a sua estada no poder, teve sete esposas e mais de 50 filhos. Para justificar a sua conduta perante o povo, a quem assegurava que «dava o exemplo para cumprimento da Lei», declarou legal a poligamia em 1973 e dedicou-se a comquistar e a engravidar todas as mulheres que com ele se cruzavam no caminho. Mesmo as suas esposas não escaparam à sua crueldade: a sua primeira esposa, Kay, foi assassinada e logo desmembrada. Os seus braços e pernas foram cosidos ao contrário e depois foi exposta durante muitos dias como exemplo da crueldade a que o ditador podia chegar. As suas restantes esposas tiveram um fim praticamente igual. Os seus filhos não tiveram melhor sorte. Apenas dois desfrutaram da fortuna; os outros eram usados em seu proveito próprio durante a infância. Segundo a crendice de uma feiticeira ugandesa, fiel conselheira de Amin, ele devia estar sempre acompanhado de um dos filhos para evitar ser assassinado. Amin seguiu sempre os conselhos da feiticeira e quando a crianças faziam doze anos eram enviados para aldeias longínquas.
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Uma das coisas que mais envaidecia o ditador era a convicção de que era um mestre a manejar os meandros da diplomacia, embora o seu quase analfabetismo o não permitisse. Numa ocasião afirmou que o ex-secretário de estado norte-americano Henry Kissinger não sabia movimentar-se na cena internacional. «Esse homenzinho deveria dar um passeio por cá e eu ensiná-lo-ia como se manejam as coisas», disse.
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Numa ocasião autoproclamou-se «Último Rei da Escócia» e «Conquistador do Império Britânico».

Retirado do Blog da Sabedoria

5 comentários:

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